MESCLA SONORA MUSICAL "VERSÃO BRASILEIRA"
A polifonia e polirritmia de Luciano Calazans
A idéia dos arranjos surgiu a partir do desejo e direção artística da cantora, Belô Velloso, para que vários ritmos diferentes do Brasil estivessem presentes, mas seguissem um mesmo padrão rítmico, cada qual com sua inflexão, sem perder o seu estilo de origem e que resultassem em uma mesma convergência sonora.
POVO DE FÉ
O ritmo básico da canção é o Ijexá ou Afoxé.
O contrabaixo acentua o contracanto com a harmonia e a voz.
O refrão "vira" samba de roda, com inserções da viola de chula.
Agogôs no repique de samba-enredo, permeado com palmas lembrando (soando) como uma sagração de sincretismo religioso.
O trombone remete ao maxixe, se convertendo ao final em gafieira até voltar ao afoxé/ijexá.
DOIS DO DOIS
As quatros flautas fazem uma alusão a um canto de sereias e também aos pífanos com timbres mais intensos e estridentes usados muito nos ritmos do nordeste do Brasil (xaxado, arrasta pé...) acentuando também, o toque religioso que a canção agrega.
Começa com um triângulo típico de baião com inserção de elementos e toques do ijexá.
Bacurinhas tocam em harmonia com o violão e guitarra elétrica para ampliar a sonoridade aguda do ijexá.
O refrão se converte o ritmo típico do Ilê Ayê (bloco afro mais tradicional da Bahia).
PELAS ÁGUAS
Pode ser chamada de "canção praieira" derivado do ijexá.
Pontuada por três canais de contrabaixo (dois convencionais e um fretless), a canção se diferencia por trazer contrabaixos como responsáveis pela harmonia e contracantos.
A partir da segunda estrofe, a harmonia e contracanto passa a ser regida pelo violão estilo “Caymmiano” e piano-blues.
DESEJO
Traz o sotaque mesclado, de uma cultura suspensa entre o Rio de Janeiro e a Bahia.
O samba tradicional carioca está presente com os pandeiros "de frente", cavaquinhos, que desenrolam-se para o samba de roda, samba duro baiano passando pelos sopros de gafieira até chegar nos violões de chula do recôncavo baiano.
A introdução da música agrega uma curiosidade muito particular das raízes baianas: o famoso timbau “deitado” (muito usado nos sambas de “Ferry Boat” nas travessias Salvador-Bom Despacho), palmas de samba de roda e atabaques lembrando os terreiros de candomblé.
MANGUEIRA
Traz o sotaque mesclado, de uma cultura suspensa entre o Rio de Janeiro e a Bahia.
Cavaquinhos e surdos delineam a inflexão deste samba.
O violão de sete cordas remete ao choro e ao samba-canção.
Um cavaquinho mantém o compasso e o ritmo convencional de samba-enredo em um canal, enquanto outro cavaquinho mantém o compasso e o ritmo do samba de roda.
O surdo baiano está presente de forma acentuada, que soa mais abafado e seco do que a sonoridade do surdo carioca mais aberta e grave.
VERSÃO BRASILEIRA
Pandeiros no estilo "capoeira" abrem esta canção.
É um samba de roda com muitas diferenças do convencional.
O contrabaixo e violão acentuam a chula típica das festas em Santo Amaro da Purificação, Bahia; os atabaques marcam o samba de caboclo dos terreiros de candomblé; os agogôs e a caixa remetem ao samba carioca; e os sopros a gafieira.
A polifonia e polirritmia de Luciano Calazans
A idéia dos arranjos surgiu a partir do desejo e direção artística da cantora, Belô Velloso, para que vários ritmos diferentes do Brasil estivessem presentes, mas seguissem um mesmo padrão rítmico, cada qual com sua inflexão, sem perder o seu estilo de origem e que resultassem em uma mesma convergência sonora.
POVO DE FÉ
O ritmo básico da canção é o Ijexá ou Afoxé.
O contrabaixo acentua o contracanto com a harmonia e a voz.
O refrão "vira" samba de roda, com inserções da viola de chula.
Agogôs no repique de samba-enredo, permeado com palmas lembrando (soando) como uma sagração de sincretismo religioso.
O trombone remete ao maxixe, se convertendo ao final em gafieira até voltar ao afoxé/ijexá.
DOIS DO DOIS
As quatros flautas fazem uma alusão a um canto de sereias e também aos pífanos com timbres mais intensos e estridentes usados muito nos ritmos do nordeste do Brasil (xaxado, arrasta pé...) acentuando também, o toque religioso que a canção agrega.
Começa com um triângulo típico de baião com inserção de elementos e toques do ijexá.
Bacurinhas tocam em harmonia com o violão e guitarra elétrica para ampliar a sonoridade aguda do ijexá.
O refrão se converte o ritmo típico do Ilê Ayê (bloco afro mais tradicional da Bahia).
PELAS ÁGUAS
Pode ser chamada de "canção praieira" derivado do ijexá.
Pontuada por três canais de contrabaixo (dois convencionais e um fretless), a canção se diferencia por trazer contrabaixos como responsáveis pela harmonia e contracantos.
A partir da segunda estrofe, a harmonia e contracanto passa a ser regida pelo violão estilo “Caymmiano” e piano-blues.
DESEJO
Traz o sotaque mesclado, de uma cultura suspensa entre o Rio de Janeiro e a Bahia.
O samba tradicional carioca está presente com os pandeiros "de frente", cavaquinhos, que desenrolam-se para o samba de roda, samba duro baiano passando pelos sopros de gafieira até chegar nos violões de chula do recôncavo baiano.
A introdução da música agrega uma curiosidade muito particular das raízes baianas: o famoso timbau “deitado” (muito usado nos sambas de “Ferry Boat” nas travessias Salvador-Bom Despacho), palmas de samba de roda e atabaques lembrando os terreiros de candomblé.
MANGUEIRA
Traz o sotaque mesclado, de uma cultura suspensa entre o Rio de Janeiro e a Bahia.
Cavaquinhos e surdos delineam a inflexão deste samba.
O violão de sete cordas remete ao choro e ao samba-canção.
Um cavaquinho mantém o compasso e o ritmo convencional de samba-enredo em um canal, enquanto outro cavaquinho mantém o compasso e o ritmo do samba de roda.
O surdo baiano está presente de forma acentuada, que soa mais abafado e seco do que a sonoridade do surdo carioca mais aberta e grave.
VERSÃO BRASILEIRA
Pandeiros no estilo "capoeira" abrem esta canção.
É um samba de roda com muitas diferenças do convencional.
O contrabaixo e violão acentuam a chula típica das festas em Santo Amaro da Purificação, Bahia; os atabaques marcam o samba de caboclo dos terreiros de candomblé; os agogôs e a caixa remetem ao samba carioca; e os sopros a gafieira.
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